sábado, 16 de abril de 2011

Gramática - Parte II - A História

A primeira gramática de que se tem notícia, registro histórico, é a de Pānini para o sânscrito.

Contudo, aceita-se que o estudo formal da gramática tenha iniciado com os gregos, a partir de uma perspectiva filosófica — como era do feitio grego no apreciarem as diversas questões do conhecimento e da natureza—, descobrindo, assim, a estrutura da língua.

Com o advento do Império Romano, em sua dominação dos demais povos, os romanos receberam essa tradição dos gregos, e traduziram do latim os nomes das partes da oração e dos acidentes gramaticais. Muitas destas denominações chegaram aos nossos dias. A partir do século XIX, surgiu a gramática comparativa, como enfoque dominante da Linguística.

Dionísio, o Trácio, gramático grego, escreveu a "Arte da Gramática", obra que serviu de base para as gramáticas grega, latina e de outras línguas européias até o Renascimento.

No século XVIII, iniciaram-se as comparações entre as várias línguas européias e asiáticas, trabalho que culminou com a afirmação de Gottfried Wilhelm Leibniz de que a "maioria das línguas provinha de uma única língua, a indo-européia".

Até o início do século XX, não havia sido iniciada a descrição gramatical da língua dentro de seu próprio modelo. Mas, abordando esta perspectiva, surgiu o "Handbook of american Indian languages" (Manual das línguas indígenas americanas)(1911), do antropólogo Franz Boas, assim como os trabalhos do estruturalista dinamarquês Otto Jespersen, que publicou, em 1924, "A filosofia da gramática".

Boas desafiou a metodologia tradicional da gramática ao estudar línguas não indo-européias que careciam de testemunhos escritos.

A análise descritiva, representada nestes dois autores, desenvolveu um método preciso e científico, além de descrever as unidades formais mínimas de qualquer língua.

Para Ferdinand de Saussure, "a língua é o sistema que sustenta qualquer idioma concreto", isto é, o que falam e entendem os membros de qualquer comunidade linguística, poisparticipam da gramática.

Em meados do século XXNoam Chomsky concebeu a teoria da "gramática universal", baseada em princípios comuns a todas as línguas.

Também nos séculos XIX e XX, estabeleceram-se as bases científicas da Semiótica, como "sistema de signos", a conectar várias ou todas as áreas do conhecimento.

Em língua portuguesa, a primeira gramática conhecida é da autoria de Fernão de Oliveira, foi publicada em Lisboa, em 1536, com o título “Grammatica da lingoagem portuguesa”.

Classificação da Gramática

Costuma-se classificar a Gramática em partes "autônomas, porém harmônicas entre si", a fim de facilitar o seu estudo.
Uma classificação mais antiga (não significa incorreta...) estipula as seguintes partes:
§  Fonética;
§  Morfologia;
§  Sintaxe; e
§  Tópicos especiais (elementos de etimologiaversificaçãohistória etc.)

Uma classificação mais atual comporta:
§  Comunicação e expressão;
§  Fonética;
§  Morfologia;
§  Sintaxe;
§  Etimologia;
§  Semântica;
§  Literatura.

ECKERSLEY, C. E. (M.A.) & MACAULAY, Margaret (M. A.). Brighter Grammar. London: Longsman, Green & Co. Ltd., 1955

Nenhum comentário:

Postar um comentário