VOZES VERBAIS / TRF 1ª REGIÃO - 2011 / FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS
“Andei reunindo pedacinhos de papel em que estas anotações vadias foram feitas e ofereço-as ao leitor, sem que pretenda convencê-lo do que penso nem convidá-lo a repensar suas ideias”.
...em que estas anotações vadias foram feitas...
Observando o contexto em que a frase acima foi empregada, a sua transposição para a voz ativa produz corretamente a seguinte forma verbal:
(A) faziam.
(B) poderia fazer.
(C) fizeram-se.
(D) tinha feito.
(E) fiz.
Comentário:
A transposição de vozes verbais só é possível com VTDs e VTDIs. Existem duas possibilidades de formação da voz passiva:
· a analítica, com a seguinte estrutura: sujeito + locução verbal com verbo ser + agente da passiva (quando o sujeito estiver expresso na voz ativa)
· a sintética, com a seguinte estrutura: verbo + PA (partícula apassivadora = SE) + sujeito.
Nesse tipo de reescritura, há itens a serem analisados. Observa-se a transposição da voz ativa para a passiva:
Voz ativa: Os homens venderam os carros.
Voz passiva analítica: Os carros foram vendidos pelos homens.
Voz passiva sintética: Venderam-se os carros.
Constata-se que:
O objeto direto da voz ativa se torna sujeito na passiva;
A voz passiva analítica tem um verbo a mais que a voz ativa;
O sujeito da ativa (quando expresso) se torna agente da passiva.
No enunciado em questão, temos voz passiva analítica. Então, o processo a seguir é o inverso do descrito:
“...em que estas anotações vadias foram feitas”
Sujeito: estas anotações
Locução verbal com verbo ser: foram feitas.
Agente da passiva: Não expresso, mas recuperado pela primeira oração: andei reunindo = 1ª pessoa do singular
A frase, então, se reescreve assim na voz ativa: em que fiz estas anotações vadias.
Cuidado com a preservação do tempo verbal: pretérito perfeito do indicativo.
A opção que atende ao enunciado, portanto, é a E.